quinta-feira, 9 de junho de 2011

A FELICIDADE: HEROI OU BANDIDO?

Um texto que escrevi algum tempo atraz... Admiro- numa auto avaliação de mim mesmo...- a sinceridade de suas linhas....

A FELICIDADE: HEROI OU BANDIDO?

Com meus 18 anos de idade, começo a perceber quão difícil é ‘’ postar-se ao sol. ’’ Sou alvo contrário de tudo e de todos, pois nunca estão satisfeitos com o que somos e sempre nos empurram rumo ao desconhecido. Sofro pressão dos meus pais – mesmo que para eles inconscientemente – apostando todas as suas fichas em mim para ser melhor do que eles e perpetuar a descendência; da sociedade, na expectativa de ser útil; da auto-exigência que o homem passa – obrigatoriamente – a ter para pelo menos conseguir algum ‘’pão de cada dia’’.
Alem disso tem a dúvida do ‘’ser ou não ser’’ que insiste em martirizar meu coração e minha alma. O não saber que profissão seguir, casamento, filhos e por ai vai.
Observo a loucura do mundo moderno. Como diz Cazuza “o tempo não para’’. O homem, centro da humanidade, passou a viver loucamente em busca da sobrevivência e descanso para a alma.
O pior de tudo isso é saber que toda essa agitação em busca de ‘’um lugar ao sol’’ é apenas o principio. Em quanto é só estudar e ser mantido financeiramente pelos pais é tranqüilo, mas, à medida que os anos passam, o tempo fica mais escasso – quando, por exemplo, estuda na faculdade e trabalha para manter os estudos –, poucas horas de sono e a expectativa de concluir logo essa fase da vida e, quando conclui, surgem novas responsabilidades – casamento e filhos, conseguir um bom emprego, etc –. Parece um ciclo que nunca chega ao fim.
Vejo também o caos da sociedade que trilha rumo ao seu fim. Pais contra filhos e filhos contra pais, a criminalidade estando sempre em manchete nos jornais, as doenças, os problemas psicológicos que atormentam a maioria da população mundial, poluição, desrespeito ao Meio Ambiente e o sentimento ainda sublime do gênero humano em ser feliz e de ter paz.
Tem ainda a pressão da religião que impõe preceitos e tradições que já perderam a sua validade e que nos martirizam e obrigam a aceitá-las. Nessa fase da vida ate seguir a verdade do evangelho parece ser difícil, com tantos pratos deliciosos de paixões e prazeres – que na verdade são ciladas do diabo – que estão a nos oferecer.
Às vezes dá vontade de desistir, jogar tudo para o auto e viver uma vida de venturas e devaneios, como a música que ainda faz muito sucesso no meio secular:

“Deixa a vida me levar, vida leva eu
Deixa a vida me levar, vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu.”

Mas ao mesmo tempo, no âmago de minha alma uma força me faz continuar a trilhar esse espinhoso caminho rumo ao limiar da sobrevivência, na esperança de dias melhores e saudáveis. Aprendi que o homem para levar o seu ser individual a excelência – dentro de suas limitações e imperfeições– é preciso sofrer e sacrificar. É o preço pelo pecado que teremos de carregar até a volta triunfal de Cristo Jesus.

O MUNDO TRANSFORMA O HOMEM OU O HOMEM TRANSFORMA O MUNDO?

‘’Não ameis o mundo e nem o que há no mundo. ’’ 1jo 2:15a

Por causa do frenesi do mundo do presente século indago-me acerca de quem é a culpa para esse caos. Muitas respostas encheram minha cabeça, alguma delas fez-me com mais duvidas. Mas uma das respostas chamou-me mais atenção, pois ela é um dos jargões mais tradicionais de todos os cristãos: ‘’a culpa é do mundo que jaz no maligno. ’’ Mas que mundo é esse? Aos meus olhos o mundo parece tão belo e harmonioso! Para muitos ‘’o mundo’’ tem vida própria a ponto de controlar nossos sentimentos e ações no cotidiano. A bíblia adverte em vários relatos acerca de odiar o mundo e tudo que nele há. Na verdade, um mundo com consciência própria – como muitos pensam – não existe e nunca existiu.
O mundo não tem força nem domínio sobre nenhum ser humano, pelo contrario, é o homem que o domina (Gn 1:26). Então como pode agora o homem fugir de sua responsabilidade de dominar o mundo dado por Deus, o Criador, e chegar ao ponto de odiá-lo e tornar seu inimigo (Tg 4:4)?
O mundo descrito pela bíblia refere-se a cada individuo que, com a própria consciência, tem o poder de influenciar e ser influenciado. O mundo neste contexto não se refere ao físico, mas o espiritual. Retrata a condição caída e perdida do gênero humano em busca de solução. O mundo somos nós, seres humanos que ‘’pecamos e carecemos da gloria de Deus. ’’ Deus nos adverte a odiar o nosso ‘’eu lírico’’ que teima em fazer tudo que não apenas constrange ao Criador, mas também a nós mesmos – pois o pecado distancia-nos da única esperança de felicidade terrena e eterna –.
Portanto o mundo não transforma nada e nada é transformado por ele. Na verdade ele continua intacto, vivendo sua evolução natural dentro do que Deus ordenou para ele. Destarte, é o homem que transforma o homem e é transformado por ele.
Mas por que o homem se transforma? É uma condição natural do homem caído e sem Deus. Ela surge da busca desenfreada pela completude de sua alma.

O PRINCIPIO DA FELICIDADE E DO AMOR

Os especialistas do comportamento humano definiram princípios fundamentais da condição humana, princípios estes que são o impulso para a vida. Alguns dizem que o homem vive segundo o principio do prazer; ou seja, tudo que ele faz é no intuito de elevar-se em prazer; outros dizem que o principio fundamental é do poder ou de exercer influencia e autoridade; os sociólogos clássicos definiam como principio da condição humana o status social.
Na verdade, se analisarmos com mais detalhes veremos que todos esses dogmas científicos acerca do principio humano estão corretos. Então seria melhor definir um significado que atribuiria a todos esses princípios. O melhor termo encontrado é o ‘’principio da felicidade e do amor’’.
Felicidade e amor são palavras recíprocas, pois um leva ao outro. É impossível amarmos se não somos felizes com o amor. Não obstante, é impossível estarmos felizes com algo que não amamos. ‘’ O amor leva a felicidade e a felicidade ao amor. ’’
O homem vive uma busca desenfreada pela felicidade e é isto a causa de transformações e caos (Ec 3:11).
Mas por que a felicidade é o principio de vida humana?

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