quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Fato consumado...

Amadurecemos e tudo mudou!
Fato... Consumado? Talvez...
O que é fato e que não se consuma
É o fato de me terem como o Fato,
O diferente Fato... 
Me tratarem como um Fato!

Tudo bem afinal, sou mesmo diferente...
Se querem que eu seja o Fato, que seje...
Mas de você rosa negra... pérola rara de jasmim...
Me tratar como o inerrável... O inumano!
Não é isso o que me apraz...  

Amadurecemos e tudo mudou...
Mas este Fato que não se consuma...
Me consome...





terça-feira, 6 de novembro de 2012

E a vida continua...

E a vida continua... 
Embora eu quisesse que ela parasse...
Um segundo de sossego...
Ou até solidão?

Mas parar pra onde?
Para a esquina, pro ermo!
Pro nada, pro pó!

Ah, como eu queria que o tempo parasse sobre meus ombros!
E me desse a chance de ser seu Rei!
Eu nunca blasfemei...
E agora estou aqui parado na vida.

E a vida continua...
Embora eu sei que nada sei...
Trilhar caminhos, que nunca trilhei
É ser mais que uma missão, 
É ser Humano!

E nessa humanidade,
Em humanos de humanos...
Formo o Eu contínuo
Numa vida que continua,
Num contínuo ciclo sem fim!

Porque?
Por que a vida continua!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Resenha do artigo Desempenho Cognitivo e atividade física em idosos: um estudo correlacional



CECATO, J. F., BARTOLHOMEU, L. L., PICCOLI, A. P. B. Desempenho congnitivo e atividade física em edosos: um estudo correlacional. Anuário da produção de iniciação científica discente.  Jundiaí, v. 13, n. 17, p. 175-188, 2010.

Juliana Francisca Cecato possui graduação em Biologia pela Universidade São Francisco, graduanda em Psicologia pela Faculdade Anhanguera de Jundiaí e Mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí. Ana Paula Bonilha Piccoli possui graduação em Formação de Psicólogos pela Pontificia Universidade Católica de campinas (1993) e mestrado em Psicologia Clinica pela Pontificia Universidade Católica de campinas (2005).  Atualmente é coordenadora do curso de psicologia da Faculdade Anhanguera de Jundiaí e professora da Faculdade Anhanguera de Campinas. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde, saúde mental, saúde mental e trabalho, psicossomática, homem contemporâneo e qualidade de vida. Luana Luz Bartholomeu é graduanda em Psicologia da Faculdade Anhanguera de Jundiaí.
As pesquisadoras iniciam o artigo afirmando que atualmente, cresce o número de pessoas em todo o mundo e, como consequência, aumenta o número de idosos e doenças relacionadas a esta faixa etária, como por exemplo, a Doença de Alzheimer (DA). Elas também afirmam que 50 a 70% dos casos de demência são causados pela DA.
A diminuição das capacidades cognitivas e biológicas são consequências naturais da velhice. São naturais o declínio das capacidades de atenção, concentração, percepção, memória, acuidade visual, etc. Porém, as pesquisadoras apontam como indicio de demência quando o processo de envelhecimento gera deterioração cognitiva e biológica. Embora haja poucos estudos epidemiológicos sobre doenças neurodegenerativas, já se sabe que a demência recebe influências de fatores como a escolaridade, a história de vida e a própria idade avançada.
O objetivo das autoras é compreender os fatores que diminuem a qualidade de vida dos idosos. Dentre muitos fatores, elas priorizam a demência e a depressão na velhice, tornando-os objetos centrais do estudo. As pesquisadoras acreditam que identificar e compreender as condições que levam ao “envelhecer bem” eleva a qualidade de vida do idoso proporcionando maior satisfação com a vida o que, segundo elas, é o “viver bem” (p. 177).
As citações feitas pelas pesquisadoras aos estudos de Rolim et. al. (2004), Fries (1990), Banhato et. al. (2009), Colcombe et. al. (2003) e Cardoso et. al. (2007) nos subtrai das causas do problema e nos leva para a sua possível- mas não única- “solução”. Tais citações afirmam que a prática de exercícios físicos e mentais melhoram vários fatores psicossociais e cognitivos do idoso. Contudo, afirmam as autoras que há escassez de artigos relacionados ao tema, fazendo-se importante e necessário a elaboração de pesquisas sobre envelhecimento correlacionadas a cognição e atividade física.
Para se chegar ao objetivo proposto, as pesquisadoras recrutaram 61 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos que frequentavam a Faculdade Anhanguera da 3ª idade no ano de 2010. Especificamente, elas queriam comparar os fatores cognitivos, por meio de testes de memória desenvolvidos por elas, entre os idosos que praticavam atividade física e os que não praticavam. A partir daí, seria possível analisar a qualidade de vida deles por meio do questionário WHOQOL-bref e Escala de Depressão Geriátrica.
A partir do exposto supracitado, fazem-se necessárias algumas considerações. Em relação ao termo cognição, explicitado no título do artigo – “desempenho congnito” - que, aliás, está escrito erroneamente, e também dito em muitas partes do artigo, está sendo empregado de forma, no mínimo, incoerente. No que tange ao seu valor semântico, cognição é o ato de conhecer que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. As pesquisadoras embora quisessem avaliar os fatores cognitivos dos idosos, apenas identificaram cinco fatores; à saber: memória imediata, memória de evocação, memória de reconhecimento, memória operacional e memória tardia. Ou seja, apenas a memória - uma entre muitas faculdades que compõe a cognição - foi avaliada. Portanto, o nome correto para o artigo deveria ser: Memória e atividade física em idosos: um estudo correlacional.
É importante salientar também, que no teste desenvolvido pelas pesquisadoras havia intrinsecamente outras funções cognitivas em questão: a atenção e a concentração. Porém estas funções não foram analisadas pelas autoras. Tais funções são pilares fundamentais para a aquisição da memória, afinal, só percebemos aquilo que atentamos e só memorizamos aquilo percebemos. Por isso, faz-se necessário, sempre em paralelo ao estudo e avaliação da memória, apreensões em relação à concentração e atenção.
As pesquisadoras tentaram avaliar as respostas mnemônicas aos estímulos dados. Porém tal teste só analisou a memória de curto e médio prazo, a também designada, memória de trabalho. Contudo, a memória é um constructo cognitivo com uma complexa estrutura cerebral e psicológica. A neurologia clássica e a psicologia cognitiva demonstram que ela vai muito além do que os fatores avaliados pelas pesquisadoras. Eles afirmam que a memória pode ser estruturada e subdivida em várias partes atuantes entre si: as memórias explícitas (episódica e semântica) e memórias implícitas (memórias automáticas).
Levando em consideração estes fatores, podemos constatar que, assim como ocorreu incoerência no uso do termo função cognitiva, vemos também o mesmo desacerto em relação à memória. Não se avalia pela metade, a não ser que se queira avaliar uma parte específica do objeto de estudo. Uma avaliação científica sempre deve ser feita com precisão e rigor para que haja coerência e exatidão nas informações.
O resultado esperado pelas pesquisadoras era evidenciar o que grande parte da literatura gerontológica já mostrou; que as contingências que levam o idoso a participar de atividades desafiadoras, cursos, esportes, dentre outros estão relacionados à manutenção das capacidades cognitivas.
Especificamente, elas queriam avaliar a importância da atividade física na velhice como aspecto favorável à preservação da cognição e sintomas depressivos. Pelo fato de terem usado um grupo de idosos ativos, ou seja, que desempenham algum tipo de atividade física ou mental, as autoras salientam a necessidade de avaliar grupos que não levam uma vida ativa.  Mencionam por fim, a importância das Faculdades da 3ª idade para a promoção da qualidade de vida e manutenção dos aspectos cognitivos.
Concluindo, podemos caracterizar positivamente a intenção e os objetivos propostos. De fato, muito tem o que investigar no que tange à correlação entre desempenho cognitivo e atividade física em idosos e esta pesquisa, com certeza, poderá colaborar para que outras pesquisas possam surgir. Negativamente considero a falta de rigor aplicada à pesquisa. Tal negligência compromete toda a veracidade das informações colhidas tornando-as assim, talvez, pouco útil como referencial bibliográfico às futuras pesquisas.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Tudo mudou- continuação


O que eu quero hoje?
Ser teu sonho... Minha realidade...
Eu quero viver a bestialidade,
de te Amar!
Pois, amadurecemos e tudo mudou...

Sim, mudou para uma nova história!
História? Não, Destino! 
Um novo destino se desenrola... 
desaglutinando-se em uma nova aprovação.

Aprovação? Não, predestinação!
Predestinados para uma espera...
Uma confirmação de Deus...
apenas um divino toque que eternamente nos una...

Unir? Não sei, só Deus quem sabe...
Amadurecemos mas... somente...
Deus pra fazer realmente tudo mudar!

continua...
"Hoje amadurecemos e tudo mudou..."

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


Documentação, 5 de setembro de 2012

Resumo do livro: Redação Cientifica – MEDEIROS, João Bosco. 2011

Cap. 1: Como tornar o Estudo e a Aprendizagem mais Eficazes

“Leia, não para contradizer ou refutar, nem para acreditar ou aceitar como verdade indiscutível, nem para ter assunto para conversa e discurso, mas para pesar e considerar.” (ADLER; Doren,1990)

1-      Eficácia nos estudos

Que se entende por estudo?
ü  Estudar é realizar experiências submetidas à análise crítica e reflexão com o objetivo de apreender informações que sejam úteis à resolução de problemas.

Além de análise e do exame sistemático, o estudo inclui:
·        Organização de trabalhos;
·        Busca de informações;
·        Anotações;
·        Leitura;
·        Elaboração de resumos;
·        Memorização.

O estudo é fruto da experiência:
·         Direta – A experiência no qual o individuo participa;
·         Indireta – Quando o exame é feito pela observação de filmes, mapas, leitura de relatórios, fotografias, participação em conferências, congressos, colóquios, conversas.

Características psicológicas para um bom aproveitamento nos estudos:
·      Ter motivação para aprender;
·      Ter organização para estudo
  Estabelecer um cronograma de estudos, reservando determinadas horas do dia para o estudo e a revisão da matéria.

Veja o exemplo abaixo:

DOMINGO
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA
SÁBADO
Das... às... Horas:
Estudo de Pesquisa
Das... às... Horas:
Harmonia
Das... às... Horas:

Das... às... Horas:

Das... às... Horas:

Das... às... Horas:

Das... às... Horas:


Características físicas para um bom aproveitamento nos estudos:
·         Dicionários;
·         Enciclopédias;
·         Livros de consulta;
·         Livros-texto;
·         Etc.;
·         Um ambiente favorável.

Rápida análise de textos:
·        Análise do título e subtítulo da obra
9  O assunto interessa à pesquisa que está sendo realizada?
9  O título é excessivamente amplo?
9  Há adjetivos restringindo a abordagem do texto?
·        Rápida verificação de tabelas, quadros, imagens, sumário, índice.
·        Verificar o autor.

Observações:
·        Tenha sempre um objetivo definido para estudo, assim, o rendimento pode ser ampliado.
·        Estabeleça um tempo para estudos.
·        Busca informações em todo material possível de conhecimento (revistas, jornais, seminários, catálogos, etc.), não apenas nos tradicionais meios de consulta, tais como: dicionário, enciclopédias e livros especializados.
·        Documento todo o conhecimento adquirido através das técnicas de anotação, esquematização, transformação do texto em roteiro, realização de resumos, fichamentos e outros.

2-      Anotação

O que é anotação?
ü  É o processo de seleção de informações para posterior aproveitamento. As notas devem permitir redação a partir delas, ou seja, não devem ser tão sintéticas que dificultem o entendimento e não possam ser convertidas em texto. As anotações podem ser de palestras, aulas, consultas bibliográficas.

Numa exposição oral:
·      Atente-se para os pontos relevantes da fala, atentando para as palavras chaves e expressões que dividem o discurso. Por exemplo: “Determinado fator pode ser analisado de três maneiras: primeiro... segundo.. terceiro...
·      Concentre sua atenção também para os gestos do falante e, se possível, faça anotações sobre eles. “nesse momento, o expositor ergueu o braço e indicou...”; “nesse momento o expositor sorriu”.
·      Registre dúvidas e respostas surgidas durante conferência, aula, palestra.

Anotações de textos escritos:
·        Devem ser posteriores a uma leitura rápida e completa do texto e após sublinha das ideias principais.
9  Apontamentos rigorosos evitam perda de tempo futuro na busca de livros  em bibliotecas, ou emprestados  de terceiros, mesmo quando estejam próximos.
·         Há necessidade de registrar as informações da fonte:
9  Autor;
9  Obra;
9  Lugar;
9  Editora;
9  Ano de publicação;
9  Número das paginas consultadas.
·         Quando a nota é resultado de palestra ou aula:
9  Autor;
9  Local;
9  Mês e ano.


2.1 Anotações corridas

Alguns procedimentos:
·         Leitura total do texto sem interrupção;
·        Releitura do texto, levando em consideração palavras desconhecidas: localizar verbete no dicionário e escrever à margem do texto estudado o significado mais aproximado da palavra que se procurou;
·        Busca em enciclopédias e almanaques de outras informações relevantes para a compreensão do texto, como históricas, geográficas, gerais;
·        Destaque de trechos e palavras-chave somente após ter compreendido o texto;
·        Redação da anotação corrida e submetê-la a uma avaliação própria; se houver necessidade de correções, refaça a redação.

2.2 Anotações Esquemáticas

·        Para tal, é precisar transformar num esquema vertical as ideias do autor que estão distribuídas horizontalmente no texto. É necessário rigor e muita atenção para hierarquizar corretamente as ideias.
·        As anotações esquemáticas só poderão ser realizadas após o estudo minucioso do texto e feitas as anotações corridas.

2.3 Anotações resumidas

·        O resumo só poderá ser feito, após completar as duas etapas anteriores.
·        O resumo não é uma colcha de retalhos ( trechos e expressões ), mas um todo coeso e coerente.
·        É necessário reconhecer o assunto, a ideia que o autor quer defender, e que está por todo o texto (tema), como o texto está estruturado, etc.
·        Deve-se manter fidelidade ao tema.

3-      Sublinha

ü  Consiste em destacar no texto apenas as ideias principais, relevantes. Desta maneira pode-se distinguir o essencial do acessório.
Algumas recomendações:
·         Sublinhar palavras-chaves apenas depois de feitas várias leituras;
·        Sublinhar apenas as ideias principais, as palavras chave. Atenção com os instrumentos de coesão que criam ideia de oposição (mas, embora e outros): eles devem ser destacados;
·         Reconstruir o parágrafo a partir das palavras e expressões sublinhadas. Outra não seria a finalidade de sublinhar que possibilitar visualização imediata das ideias principais;
·         Colocar um traço vertical à margem do texto para indicar passagens mais significativas;
·         Havendo passagens obscuras. Falhas na exposição dos argumentos, dúvidas, discordâncias, colocar à margem do texto um ponto de interrogação;
·         Para chamar a atenção para uma expressão tópica de todo o texto, usar dupla sublinha.

4-      Vocabulário

ü  O domínio do sentido exato que a palavra assume no contexto possibilita maior compreensão do texto e maior eficácia da leitura.

RESUMO: Estudar é apreender informações através da análise e reflexão sistemática e na resolução de problemas. É absolver conhecimentos a partir da prática da análise textual e/ou oral. Mas para que haja bom aproveitamento dos estudos é necessário desenvolver características pessoais como, motivação para aprender, disciplina, organização de trabalho, e características materiais, tais como, aquisição de livros, enciclopédias, dicionários, dispor de um local confortável para estudo, etc. É importante também selecionar e armazenar informações relevantes para uma futura consulta, através de anotações, esquemas, fichamentos, resumos. Destarte, o método correto e sistematizado do estudo garante a potencialização do aprendizado ao seu nível máximo e, a posteriori, facilita a retenção satisfatória do conhecimento adquirido.