"Quando
o camponês canta de manhã, está fazendo música pura. Ele não se
preocupa com nada, nem com o texto nem com as notas. Preocupa-se com a
beleza da manhã que ele celebra. Eis a grande profundidade da arte..."
( Celibidache )
Muito belas as palavras supracitada. É fato que o espírito mais puro e profundo da arte está no sentir. É sentir e exprimir aquilo que nada o pode descrever- a não ser pela línguagem da arte. É fato também que o ideal do artista está escrito neste belo verso. O artista é aquele que está ligado unicamente com a arte, num todo indivisível. Não se preocupa com absolutamente nada- dinheiro, status, fama...- mas apenas em sentir em arte o que vive e viver em arte o que sente.
Esse é o ideal. Contudo, o real é que existe uma coisa chamada evolução. A arte evoluiu. O cantar evoluiu. Aquilo que era único exclusivo da voz humana e dos pássaros, agora é feita também por instrumentos feitos a mão. O que antes era um balbuciar livre e sem sentido hoje temos frequencias rígidas, as notas musicais. Definimos tempo; o marcamos com compassos bem definidos; definimos que um som em uma determinada frequencia rígida pode ser o centro de outros sons igualmente com suas frequencias rígidas- o Campo Harmônico, criamos a estética, ou seja o modo característico de um povo "balbuciar sons", Agora para controlar a arte, temos que estudar toda uma vida um conjunto de regras sonoras. E depois de tanto estudar descobrimos que nunca a dominaremos... A arte passou a ser perfomática, ganhando outra essência: a de buscar o melhor, o único! Surgiram ícones, e por que não ídolos? A arte tornou-se o símbolo de status, de fama e de prazer! A arte virou mercadoria que é trocada por um trocado de vaidades...
Se eu me impressiono com a música de hoje? Já passei desta fase. Hoje entendo que a arte, como tudo nessa vida também evoluiu...
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